Devido à crise, o debate sobre as marcas "brancas" foi alimentado sem precedentes.
Enquanto isso, o consumo de marcas brancas aumenta naturalmente (menos dinheiro, mais poupança), as marcas líderes procuram impor uma nova linha de comunicação optando por uma estratégia anti-crise.
Muitas das principais marcas (e, portanto, mais caras) foram liderando a corrida nos media para provar que seus produtos são "únicos" e que, naturalmente, não produzem para outros.
Curiosamente, este suposto sucesso das marcas brancas, como é o caso do Continente, Auchan, Dia, Pingo Doce, etc. Era a de vender produtos de marca branca com a qualidade dos principais fabricantes líderes por estes também produzirem para as marcas brancas.
As estratégias das marcas líderes seguem agora duas etapas. A primeira em que o objectivo é destacar a autenticidade e o conceito de "único", em seguida, centrar a mensagem "Não fabricamos para outras marcas."
Certo é que ao comprar marcas brancas estamos a debilitar a nossa economia, estamos a negar o nosso posto de trabalho. O produto marca branca é em 80% dos casos oriundo de outro país onde o custo de produção é menor. Se as vendas de produtos de marca branca crescem ao ritmo que crescem para merecer honras de tempo de antena nos telejornais algo vai mal na nossa economia.
Com a “crise” e com o aumento diário do número de desempregados a solução para a “crise” passa por comprarmos produtos nacionais, da empresa onde trabalhamos, da empresa onde trabalham os nossos familiares, os nossos amigos e os nossos vizinhos, só desta forma asseguramos o nosso posto de trabalho e o dos nossos familiares e amigos.
À que olhar para a “crise” como uma oportunidade de mudança, eu consumo produtos nacionais para proteger não só o meu emprego como o do meu vizinho. Só desta forma posso esperar que ao fim do mês a empresa possa ter liquidez para me pagar o salário que todos nós consideramos pouco.